Monday, June 3, 2019

Alexandre "Office" Borges, o curioso caso do jornalista cujos valores sempre coincidem com o empregador

Alexandre Borges, o office boy das opiniões permitidas, é um caso curioso. Os valores da pena de aluguel (que muitos dizem ser um misto de Xerox de aluguel com Google Translator) sempre coincidem com o que pensa seu empregador, ainda que apenas potencial.

O marqueteiro político, que fez nome em círculos conservadores criticando a "extrema-imprensa" e "liberteens" enquanto implorava por financiamento a empresários, acabou embarcando em um projeto mal sucedido no Youtube e, como prêmio de consolação por seu ativismo no Facebook, só conseguiu uma boquinha como comentarista na Jovem Pan e uma coluna na Gazeta do Povo, graças aos amigos influentes Felipe Moura Brasil, chefe de jornalismo da emissora de rádio, e Carlos Andreazza, manda-chuva da editora Record.

Borges, conhecido nas redes sociais por suas incessantes críticas ao jornalismo da Globo e de grandes jornais -- sendo inclusive responsável pela popularização dos termos extrema-imprensa e projaquistão --, mudou de posição assim que viu a possibilidade de uma boquinha na imprensa tradicional que ele tanto criticava.  


Na imagem acima, o marqueteiro concorda com a afirmação de que o "bolsonarismo" despreza o jornalismo e que sua defesa da Revista Crusoé, crítica contumaz do governo que havia sido censurada pelos ministros do Supremo Dias Toffoli e Alexandre de Moraes, ocorria apenas por oportunismo, para desgastar o STF.

Borges não só foi um dos grandes incentivadores desse 'desprezo' dispensado ao jornalismo tradicional, chamado por ele de "grande imprensa", como também foi parte integrante do próprio 'bolsonarismo'. Suas críticas frequentes ao jornalismo, assim como sua defesa militante da candidatura de Jair Bolsonaro, renderam ao marqueteiro um emprego na campanha de Flavio Bolsonaro para a prefeitura do Rio em 2016.

A lua de mel, no entanto, durou pouco. O rompimento aconteceu logo depois, quando Alexandre, o conservador, foi exposto por Eduardo Bolsonaro enquanto fazia networking com a cúpula da Globo em ato para viabilizar a campanha à presidência do então prefeito de São Paulo, o tucano João Dória.

A partir daí, Alexandre Borges, buscando um novo nicho, passou a repudiar e atacar tudo o que sempre havia defendido.

No vídeo abaixo podemos ver um exemplo: uma indireta endereçada ao assessor especial da presidência Felipe G. Martins, aluno de Olavo de Carvalho e odiado pelo que se convencionou chamar de Clube do Livro, a direita permitida formada por Andreazza e um grupo de ex-alunos ressentidos do filósofo, como Gustavo Nogy, Franciso Razzo e Felipe Moura Brasil, além de outros escritores de pouca relevância que têm contratos com a editora Record, o jornal Gazeta do Povo e a rádio Jovem Pan. 


Quem diria que o próprio Borges, em 2017, tinha publicado um texto concordando com Martins e defendendo EXATAMENTE o contrário do que afirma no vídeo. E tudo isso enquanto zombava dos "liberteens", que acreditavam no que Borges agora defende...



Aqui, um podcast que mostra mais uma das inconsistências do marqueteiro:



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