Monday, August 19, 2019

A desonestidade intelectual de Guga Chacra: para atacar Bolsonaro jornalista faz paralelo enganoso entre Netanyahu e Cristina Kirshner


Os "opositores argentinos" são capitaneados por Cristina Kirchner, condenada por desvio de dinheiro público e que teve prisão decretada por corrupção, acusada de receber propinas milionárias de empresários por obras públicas.

Já Netanyahu foi indiciado por corrupção em 3 casos tão questionáveis que até opositores, como o famoso advogado Alan Dershowitz, um esquerdista apoiador do partido Democrata, criticaram a atuação da polícia e do procurador geral. Dershowitz chegou ao ponto de acusar uma jogada política ao arrepio das leis que "põe a democracia em perigo":



Para entender um dos casos:

Na investigação, apelidada de Investigation 2000, a polícia recomendou o indiciamento de Netanyahu por causa de uma conversa que ele próprio gravou secretamente em 2014 com Arnon Mozes, editor e dono do jornal Yediot Ahronot. 
A polícia encontrou a conversa gravada no telefone celular do ex-chefe de gabinete de Netanyahu, Ari Harow. Netanyahu afirma que gravou a conversa seguindo conselho de seu advogado, pois temia que Mozes tentasse extorquí-lo.

A polícia alegou que a conversa é a prova de que Mozes ofereceu suborno e que Netanyahu aceitou a oferta. Eles recomendaram acusar Mozes de suborno e Netanyahu de aceitá-lo.

Só que nenhum acordo foi feito. Muito pelo contrário.

Mozes é um conhecido opositor de Netanyahu. Seu jornal, o Yediot Ahronot, é o mais influente de Israel. Sua primeira página dita a programação diária de notícias para transmissões de rádio e televisão. E a cobertura sobre Netanyahu do Yediot Ahronot é implacavelmente hostil ao primeiro-ministro e à sua família. Em menor grau, mas ainda de forma significativa, o Yediot Ahronot também é profundamente hostil à direita israelense.

De acordo com a gravação da conversa, que vazou para a mídia através da polícia, Netanyahu e Mozes discutiram um esquema elaborado para mudar o mercado de jornais em Israel, em favor do Yediot Ahronot.

O jornal com maior circulação de Israel é o Israel Hayom, um tablóide gratuito que pertence ao conservador americano - e simpatizante de Netanyahu - Sheldon Adelson. Na conversa gravada, Mozes levantou a possibilidade de Netanyahu restringir a publicidade do governo no Israel Hayom e de trabalhar para reduzir sua circulação, a fim de aumentar a participação de mercado do Yediot.

Em troca, Mozes se ofereceu para controlar o tom negativo da cobertura de Netanyahu em seu jornal.

Nada veio da conversa. De fato, no final de 2014, contra os desejos expressos de Netanyahu, a então ministra da Justiça, Tzipi Livni, apresentou um controverso projeto de lei baseado em uma  texto do consultor jurídico do Yediot Ahronot. O projeto, que foi apelidado de "lei Israel Hayom", forçaria a paralisação do jornal barrando seus proprietários de não cobrar por ele.

A lei passou em uma leitura preliminar no parlmento com 43 votos. Netanyahu e seu partido Likud votaram contra o projeto. Além disso, para impedir que o projeto fosse adiante, Netanyahu dissolveu seu governo e o parlamento, e convocou novas eleições pouco mais de um ano depois de ter sido eleito.

Em outras palavras: para evitar que o jornal Israel Hayom fosse prejudicado, e para evitar qualquer vantagem para o Yediot Ahronot, Netanyahu deu o passo radical de dissolver seu proprio governo e se candidatar novamente.

Mas, para o "jornalista" Guga Chacra, tudo é igual na hora de lacrar.

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