Thursday, April 18, 2019

Sérgio Praça (exame) e o incêndio na catedral de Notre Dame

Original
O artigo abaixo (se é que podemos chamar tal excrescência de artigo) é uma síntese de como cargos e títulos acadêmicos servem apenas para atestar a completa ignorância do "especialista" sobre o assunto do qual quer tratar.



Esta pérola aqui foi o que mais chamou a minha atenção: "A principal motivação dos católicos era sinalizar força e prosperidade para as religiões concorrentes. Se minha organização tem dinheiro sobrando para fazer catedrais, certamente ela tem prestígio entre seus fiéis para mantê-los leais."

O "pesquisador" parece jamais ter pesquisado sobre história das religiões e história, propriamente dita, das civilizações. A motivação que cita para a grandiosidade dos templos religiosos só encontra respaldo FORA DO CRISTIANISMO, em teocracias politeístas ou em governantes heréticos.

Os templos cristãos têm na insignificância do homem diante do Criador a real motivação para sua magnitude. Ao entrar numa dessas construções, a pessoa é incitada a perceber seu real lugar no cosmos, seu tamanho, sua pequenez. A motivação é espiritual e não material, mundana.

Em sentido diametralmente oposto ao sugerido pelo "pesquisador", tais templos sinalizam a impotência do homem, não sua força. Também sinalizam, ao serem construídos com materiais nobres, que as riquezas mundanas, a matéria, a carne, devem servir ao espírito, têm como fim o bem supremo.

O erro de percepção do "pesquisador" é fruto de seu referencial. A arquitetura moderna não passa de medição de força e protagonismo. Enquanto templos queriam que a atenção do homem fosse voltada para dentro, para a alma, prédios modernos querem a atenção humana voltada para seus frios tijolos.


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