Tuesday, January 22, 2019

Estudo de caso: Globo ignora inúmeros detalhes suspeitos e publica tese de "lobo solitário" em ataque contra Jair Bolsonaro; conecta seu filho Flávio ao assassinato de Marielle Franco com ligações muito mais frágeis

Atentado contra Jair Bolsonaro x PSOL
Ao noticiar a tentativa de assassinato de Adélio Bispo contra Jair Bolsonaro, Globo publica, sem questionamento e durante a campanha presidencial, posicionamento da PF e do então Ministro da Justiça, Raul Jungmann, político de oposição a Bolsonaro, que imediatamente classificaram o caso como ação de um "lobo solitário".



Alguns fatos:
  • Adélio foi membro do PSOL por 7 anos (2007-2014) e continuou militando publicamente a favor de Lula/PT mesmo após abandonar o partido;
  • Segundo registros da Câmara, Adélio Bispo de Oliveira visitou a Casa no dia 6 de setembro — data do atentado contra Jair Bolsonaro em Juiz de Fora;  
  • Servente de pedreiro desempregado, alugou o quarto de pensão onde ficou, em Juiz de Fora, por duas semanas, até o atentado. Teve um laptop e dois celulares apreendidos pela Polícia Federal, além de um cartão de crédito internacional do Banco Itaú e dois cartões da Caixa Econômica Federal; 
  • Apesar da posse do laptop, usava computadores em uma lanhouse perto de onde se hospedava.  Seis computadores foram usados por Adélio;
  • Poucos meses antes do atentado, no dia 5 de julho, Adélio Bispo esteve no Clube e Escola de Tiro .38, em Florianópolis (SC). A escola é frequentada pelos filhos do candidato do PSL como Eduardo Bolsonaro;
  • A Associação Médica Brasileira divulgou nota sobre o atentado sofrido por Jair Bolsonaro: "Quem fez sabia o que estava fazendo e queria que o golpe fosse fatal."

O criminoso, membro por quase uma década de um partido de oposição, era um ajudante de pedreiro (salário 1.138 reais) desempregado que viajava pelo país e tinha fundos para alugar um quarto de pensão por 2 semanas a espera de sua vítima. Tinha em seu quarto dois celulares, um laptop, um cartão de crédito internacional e dois cartões da Caixa Econômica Federal.

Pouco antes do atentado ele viajou mais de 1000 km para estar na mesma escola de tiro que o filho de sua futura vítima frequentava.  

Já o registro da Câmara significa que alguém de dentro – com acesso ao sistema – pode ter tentado forjar um álibi para Adélio. A contratação de uma banca de advogados de renome, pelo valor de 300 mil reais, mostra que gente poderosa tem interesse em protegê-lo após a tentativa de assassinato.

Assassinato de Marielle x Flavio Bolsonaro
Hoje uma operação policial prendeu o ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado de comandar uma milícia no estado. A mãe dele, Raimunda Magalhães, foi funcionária do gabinete de Flávio.

De acordo com Fabrício Queiroz, a contratação foi feita por ele, para ajudar uma família “que passava por grande dificuldade, pois à época ele [Adriano Nóbrega] estava injustamente preso, em razão de um auto de resistência”.
Também foi preso o major Ronald Paulo Alves Pereira, acusado de ser um membro de uma milícia na capital carioca.

Fatos:
  • A mãe de Adriano Magalhães da Nóbrega trabalhou no gabinete de Flávio, após ser contratada pelo assessor Fabrício Queiroz;
  • Flávio Bolsonaro propôs uma menção de louvor e congratulações ao então capitão da Policia Militar Ronald Paulo Alves Pereira "pelos importantes serviços prestados ao Estado do Rio de Janeiro", em 2004
  • O ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, também alvo da operação, foi outro homenageado por Flávio Bolsonaro, em 2003.

Na justificativa da moção 3180/2004, de março de 2004, Flávio Bolsonaro cita uma operação policial realizada no Conjunto Esperança, no Complexo da Maré, que resultou na morte de um líder do tráfico e na apreensão de armamento e munição.

As prisões ocorreram por formação de milícia e por grilagem de terras e, até o momento, não têm relação com o assassinato de Marielle (PSOL-RJ), de acordo com o deputado Marcelo Freixo, também do PSOL.

Como o jornal O Globo noticia o caso? Ligando Flávio Bolsonaro ao assassinato de Marielle.




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