Thursday, February 28, 2019

Victor Ferreira, da GloboNews, promove conhecido anti-semita glorificador de terrorismo como "ponto de vista diferente"

Tuíte publicado pelo jornalista Victor Ferreira:


Victor, que atualmente trabalha na GloboNews cobrindo a crise venezuelana, publicou um desenho feito por Carlos Latuff que mostra a "ajuda humanitária" de Donald Trump: mascarados armados promovendo violência saindo de uma cartola da CIA, o serviço secreto americano.

O jornalista promove o desenhista com um aviso: no perfil dele "você vai ver pontos de vista diferentes".

Curiosamente, o próprio Victor prova que nada há de diferente nesta perspectiva. Muito pelo contrário: ela é bem comum entre jornalistas e comentaristas políticos brasileiros, que consideram o posicionamento dos EUA, Brasil e Colômbia como uma tentativa deliberada de golpe contra Nicolás Maduro junto com o oposicionista mas também socialista Juan Guaidó.

Comentário do também jornalista Marcelo Lins curtido por Victor Ferreira:


Mas até aí nada de surpreendente. Apenas mais um jornalista reverberando o posicionamento ligado a esquerda radical e com um não-tão-leve ranço anti-americano.
O que torna a situação grave é o indivíduo que o funcionário da Globo resolveu promover como apenas um "ponto de vista diferente".

Quem é Carlos Latuff?
Latuff ficou em segundo lugar na Competição Internacional de caricaturas sobre o Holocausto, realizada no Irã em 2006, sob os auspícios do regime iraniano que promete "varrer Israel do mapa". Os desenhos zombavam do Holocausto, inverteram-no ou negaram que tivesse acontecido.

O cartunista, apesar de negar as acusações de anti-semitismo, faz uso constante das mesmas técnicas utilizadas por nazistas e comunistas, além de basear praticamente todo seu material na chamada "inversão do Holocausto", bestialização de judeus e em teorias conspiratórias.

Joel Kotek, professor da Universidade Livre de Bruxelas (em seu livro Cartoons and Extremism: Israel and the Jews in Arab and Western Media), chama Latuff de “o Drumont da internet”.

Édouard Drumont foi o fundador da Liga Anti-Semita da França e editor da La Libre Parole, uma revista que publicou numerosas caricaturas classicamente anti-semitas durante o Caso Dreyfus.

Latuff é um dos cartunistas anti-semitas mais prolíficos da web, com uma espantosa quantidade de trabalho dedicado ao avanço de imagens explicitamente anti-judaicas.

Zoomorfismo
Atribuição de formas ou símbolos animais para caracterizar um ser humano. Em um estereótipo antissemita clássico, os judeus são desenhados com características físicas animalescas.

Segundo o Dr. Joel Kotek, “para abusar dos adversários, eles são desumanizados e transformados em animais.
Nas caricaturas nazistas e soviéticas o judeu era frequentemente apresentado como uma aranha, uma cobra ou um polvo, considerados animais malignos”.

esquerda: Krokodil, 1972; direita: Sovjetskaia Moldavia, 27 de agosto, 1971

 Der Stürmer, 1934

Der Stürmer

 Latuff, 2010


Inversão do Holocausto
É a representação de Israel, israelenses e judeus como nazistas.
Esta técnica indiscutivelmente anti-semita afirma que Israel se comporta com os árabes-palestinos da mesma forma que a Alemanha nazista com os judeus.

"As vítimas se tornaram os opressores" é um dos principais slogans dos ativistas, que ao desonestamente igualarem as ações de Israel com o extermínio em massa perpetrado pelos nazistas contra os mesmos judeus, falsamente acusam-nos de genocídio ao mesmo tempo em que o Holocausto passa a ser minimizado ao ser comparado a um conflito militar iniciado pelas supostas vítimas e com mortos de ambos os lados.

Pravda Vostoka, dezembro 1971


Latuff, 2009


Libelo de sangue e infanticídio
Latuff faz uso freqüente da temática anti-semita do libelo de sangue -  especialmente envolvendo infanticídio. A ideia originou-se no século XII na Inglaterra e se baseia em uma inexistente lei religiosa judaica que os ordena a matar crianças não-judias para fazer rituais e alimentos com seu sangue.
No mundo árabe contemporâneo esse tema se tornou lugar-comum para alimentar o ódio anti-judaico.

O libelo de sangue vê os judeus não apenas como assassinos, mas como assassinos que preferem crianças como alvo.

 Latuff, 2006
Latuff, 2014

Latuff, 2009

 
Conspirações e controle judaico de países e instituições
Técnica muito utilizada na União Soviética e na Alemanha nazista.
Latuff acusa judeus de secretamente controlarem líderes mundiais para dominar o mundo. Os judeus também aparecem como um grupo homogêneo e militante que controla bancos, a bolsa de valores, os políticos e a mídia para fazer avançar um plano de controle mundial.

de Mjölnir, no panfleto de Joseph Goebbels (Die verfluchten Hakenkreuzler. Etwas zum Nachdenken): Um nazista amarrado vê um jornalista do Berliner Tageblatt - que os nazistas acusavam de ser um jornal judeu - manchar uma Alemanha acorrentada ao Tratado de Versalhes.


Capa de uma versão francesa dos Protocolos dos Sábios de Sião

Um banqueiro judeu obeso venerando o Sol/dinheiro enquanto explora não-judeus que o carregam nas costas presos a uma estrela de Davi


 Latuff: Donald Trump e Hillary Clinton lambem as botas de um soldado israelense para provar quem ama mais Israel
 Latuff: Grupo pro-Israel representado por um cão raivoso puxa Obama e o mundo para guerra contra o Irã
Israel controla a CNN após o canal demitir um comentarista por defender a morte de judeus inocentes e a destruição de Israel

 Israel, que controla o Congresso americano, o incita a atacar uma inocente mulher palestina muçulmana


Deicídio
Judeus são apresentados, através do uso de símbolos religiosos, como assassinos de Deus.

Desenho publicado na Austrália mostrando uma mulher, que representa Gaza, sendo crucificada (como Jesus) pelo estado judeu

Latuff (2002): "Feliz Natal, estilo israelense" - Papai Noel é executado pelo estado judeu  


Glorificação de terroristas
O cartunista publicou diversos desenhos glorificando grupos terroristas como o Fatah, Hamas e o Hezbollah, que atacam civis deliberadamente e promovem o genocídio de judeus como dever cívico e religioso.








 

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